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Em Junho, os palcos enchem-se de dança e de outras tantas histórias. Estas são as peças de teatro a não perder este mês.
Se todas as semanas, a agenda é bem recheada, imagine todos os meses. Conseguir escolher é que é difícil. Há peças para todos os gostos e feitios e, em Junho, não é exceção. Quer seja no Teatro Nacional São João ou nos pólos do Teatro Municipal do Porto, no Sá da Bandeira ou, um bocadinho mais longe, no Theatro Circo e no CCVF, encontra aqui uma selecção de peças de teatro a não perder no Porto e arredores. Das maiores produções às mais pequenas, das mais consensuais às mais controversas, das mais conhecidas às mais desconhecidas, alguma haverá de lhe encher as medidas. Bom espectáculo!
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Num ritual de escondidas do corpo, em que este se redefine a cada gesto, Júlio Cerdeira cria uma coreografia que pensa a máscara como cristalização de uma expressão, estado de espírito, identidade ou entidade. É estabelecido um diálogo entre forma estanque e alterável, entre o singular e colectivo.
Teatro Campo Alegre. 31 Mai-1 Jun. Sex 21.00, Sáb 18.30. 7€-12€
No último programa da temporada, os bailarinos da Companhia Nacional de Bailado sobem ao palco para interpretar obras de três nomes da dança contemporânea. Sinfonia dos Salmos é uma nova coreografia de Vasco Wellenkamp, a partir da revisitação da obra homónima, à qual se junta Uprising, de Hofesh Shechter, e Minus 16, de Ohad Naharin.
Teatro Rivoli. 30 Mai-1 Jun. Qui-Sáb 19.30. 12€
Sara Inês Gigante protagoniza esta peça, que parte da autoficção de que a própria pretende ser uma artista popular, desafiando os padrões do panorama cultural e do universo popular. Situando-se entre a biografia e a pesquisa, o espectáculo pretende conduzir ao questionamento de conceitos que pertencem à mesma família lexical da palavra "popular".
Centro Cultural Vila Flor (Guimarães). 7 Jun. Sex 21.30. 5€-7,50€
Integrado no projecto Nós/Nous, o espectáculo de Nuno M. Cardoso aborda as questões geracionais ligadas à expressão da liberdade, identidade, rebeldia e desobediência face à norma, ao preconceito e às regras instituídas. O texto, da galega Ana Carreira, é inspirado na partilha de vivências dos intérpretes.
Teatro Carlos Alberto. 6-9 Jun. Qui e Sáb 19.00, Sex 21.00, Dom 16.00. 5€
Keli Freitas é brasileira e vive em Portugal. Ao partir da busca pela sua bisavó portuguesa, ela aborda as ideias de imigração e pertença, procurando levantar algumas questões. O que é ser cidadão? Onde fica a "minha" terra? Onde é a "tua" terra? No fim da peça, Keli Freitas participa numa conversa com o público.
Centro Cultural Vila Flor (Guimarães). 14 Jun. Sex 21.30. 5€-7,50€
Mário Coelho apresenta a sequela de I'm so excited! (2018) que se assume como uma obra íntima e crua. A peça centra-se no fim de uma relação entre duas pessoas que estão numa festa que, por sua vez, é também um ensaio de teatro. De forma a não estragar a surpresa, nada mais é revelado, apenas que está feito o convite para a festa de anos de Rita.
Centro Cultural Vila Flor (Guimarães). 15 Jun. Sáb 21.30. 5€-7,50€
No palco, os corpos movem-se sob a ideia do esbatimento das fronteiras entre o mundo real e virtual, de forma a questionar a nossa relação física e emocional com a abundância de conteúdo e realidades que coexistem em simultâneo. Daqui, levantam-se outras questões relacionadas com a representação e a identidade. A direcção fica a cargo do colectivo (LA)HORDE e o espectáculo conta com bailarinos do Bailado Nacional de Marselha.
Teatro Rivoli. 14-15 Jun. Sex-Sáb 19.30. 12€
Do dramaturgo britânico Arnold Wesker, o Ensemble traz-nos Men Die Women Survive. Encenada por Jorge Pinto, a peça junta Minerva, Misha e Claire à volta de uma mesa, enquanto as três conversam acerca dos seus relacionamentos amorosos falhados. Deste jantar, em que abundam as certezas e dúvidas, acaba por surgir uma história de traição e vingança.
Teatro Nacional São João. 13-22 Jun. Qua, Qui e Sáb 19.00, Sex 21.00, Dom 16.00. 7,50€-16€
Sílvia Brito apresenta um espectáculo que parte do texto do dramaturgo e escritor irlandês Samuel Beckett. Endgame reflecte em torno da matéria do autor, a matéria dos dias que vivemos, e olha para a inevitabilidade, eternidade e absurdidade que pontuam o mundo. Além disso, ainda questiona a questão da procura de sentido da vida.
Theatro Circo (Braga). 6-7 Jun. Qui-Sex 21.30. 26-27 Jun. Qua 21.30, Qui 15.00 e 21.30. 5€-10€
A partir de Breves Entrevistas com Homens Hediondos de David Foster Wallace, Patrícia Portela cria uma obra que procura confrontar o público com os momentos em que somos apanhados a tolerar um sistema que condenamos. É sobre os "homens hediondos", aqueles com quem nos cruzamos no dia-a-dia, aqueles que perpetuam os mesmos comportamentos e relações de poder.
Teatro Carlos Alberto. 20-30 Jun. Qua, Qui e Sáb 19.00, Sex 21.00, Dom 16.00. 10€
A identidade genuína do Porto, que tende a desaparecer em zonas mais centrais da cidade, ainda está bem viva no Bonfim, onde o espírito de comunidade não só está de boa saúde como se recomenda. Entre restaurantes tradicionais, museus repletos de história e galerias de arte cheias de pinta, há muito para descobrir neste bairro. E agora que está a ficar mais pedonal, é ainda mais convidativo explorar a zona a pé, pelas ruas que preservam traços tradicionais da arquitectura urbanística e pelos refúgios no meio da natureza, como o Parque de Nova Sintra, com vista para o Douro.
Pertence àquele grupo de pessoas que se distrai facilmente quando trabalha em casa? Preferia ter uma secretária, colegas e andar de marmita para trás e para a frente? Não diga mais nada. Fizemos uma lista com 11 espaços de coworking no Porto, onde pode desenvolver os seus projectos com o mesmo conforto que teria em casa, mas com a seriedade de um escritório profissional – e ainda um melhoramento substancial na decoração. Há escritórios para todos os gostos – cafetarias, sítios com aulas gratuitas e até vista para o mar.
Num mundo quase dominado pelos conteúdos digitais e pelo imediatismo, é normal que procuremos, cada vez mais, estar em contacto com o que nos é mais ancestral: a terra. Nestes seis ateliers de cerâmica (e não só) no Porto, longe dos estímulos, distracções e exigências constantes do quotidiano, atingir este objectivo torna-se mais fácil. Com tempo, dedicação e uma certa dose de paciência, até os menos habilidosos na arte de moldar o barro são capazes de voltar para casa com os pratos e copos do próximo jantar, ou com um presente diferente para surpreender alguém especial.
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